terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Leitor


Como sabem eu amo ver filmes. É uma distração, uma diversão, é uma oportunidade de experimentar o mundo através de novas situações, é uma espécie de sonho acordado, uma forma da gente poder ser outras pessoas, experimentar personas diferentes.

Infelizmente pra mim e felizmente pra vocês, eu não insisti em fazer teatro depois de 2 pecinhas sem vergonhas que fiz na época de escola. Acho que Deus sabe o que faz e eu sou muito consciente para tentar torturar as pessoas com a minha falta de talento, então me especializei em ser telespectadora.

Ontem, num desses acasos do destino, comecei a assistir a sinopse de um filme que iria começar, chamado O LEITOR. Tudo o que eu sabia, na minha pobre ignorância, é que era com a atriz de Titanic.

Que surpresa! Que deleite! Que paixão assistir um filme de tamanha intensidade.

Meu coração ainda dói ao lembrar das emoções contidas da personagem, sem entender como ela pode fugir, como ela pode negar, como ela pode aceitar... uma pessoa tão diferente de mim e no entanto tão identica na intensidade dos sentimentos.

Eu teria gritado, corrido, amado, me atirado, me jogado de cabeça, vivido até o fim... jamais desistido!

E ai está para mim a grande magia do cinema, é trazer esse vendaval de sentimentos que eu não seria capaz de sentir se não tivesse tentado me colocar no lugar da personagem, para entender seus sentimentos mais profundos, as motivações que a levaram seguir por caminhos diferentes dos meus, as aspirações, os medos, os sonhos, os dramas... a paixão.

Naqueles minutos amei profundamente, lamentei profundamente e só não chorei por que lá em casa ninguém perdoa meus arroubos e a encarnação é demais, mas ainda sinto o peso daqueles olhares em meu coração.

O amor é o único caminho.
Não há outro modo de nos tornarmos humanos.


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